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Brasil tem oito cardeais elegíveis para um eventual conclave.
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O estado de saúde do Papa Francisco preocupa a Igreja Católica. Nesta segunda-feira (24), o Vaticano informou que o pontífice passou por uma noite tranquila e segue em repouso, após ser diagnosticado com insuficiência renal.
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Em caso de morte ou renúncia de Francisco, três cardeais catarinenses estarão entre os elegíveis para votar e até serem escolhidos como novo líder da Igreja em um conclave.
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Ao todo, o Brasil conta com oito cardeais aptos a serem eleitos papa. No entanto, apenas sete têm direito a voto, já que Dom Raymundo Damasceno Assis, mineiro de 88 anos, ultrapassou o limite de 80 anos para participar da escolha do novo pontífice.
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Dom João Braz de Aviz, o cardeal catarinense de Mafra
Natural de Mafra, João Braz de Aviz nasceu em 24 de abril de 1947. Iniciou sua formação religiosa no Seminário São Pio X, em Assis (SP), e estudou Filosofia e Teologia no Brasil e em Roma.
Ordenado padre em 1972, exerceu diversas funções pastorais até ser nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de Vitória (ES) em 1994. Posteriormente, foi arcebispo de Maringá (PR) e Brasília (DF). Conhecido por sua defesa da Teologia da Libertação, destacou-se por posições progressistas dentro da Igreja.
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Em 2011, foi nomeado prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica no Vaticano, tornando-se cardeal no ano seguinte. No conclave de 2013, que elegeu o Papa Francisco, seu nome esteve entre os cotados.
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Dom João também carrega uma história marcante em sua trajetória: em 1983, sobreviveu a um sequestro e a um disparo de escopeta durante uma tentativa de assalto.
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Dom Jaime Spengler, o cardeal catarinense de Gaspar
Natural de Gaspar, Jaime Spengler nasceu em 6 de setembro de 1960. Ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1982 e foi ordenado sacerdote em 1990. Com formação em Filosofia e Teologia, especializou-se em Sagradas Escrituras, estudando em Jerusalém.
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Em 2010, foi nomeado bispo auxiliar de Porto Alegre pelo Papa Bento XVI e ordenado no ano seguinte. Já em 2013, o Papa Francisco o designou arcebispo metropolitano de Porto Alegre.
Com forte atuação na Igreja Católica no Brasil, Spengler se destacou como membro de congregações vaticanas e na liderança da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), sendo eleito presidente da entidade em 2023. No mesmo ano, assumiu a presidência do Conselho Episcopal Latino-Americano.
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Em 2024, foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco, recebendo o título de cardeal-presbítero de São Gregório Magno. Reconhecido por seu trabalho pastoral e dedicação à formação religiosa, Spengler é uma das figuras mais influentes da Igreja Católica no Brasil e na América Latina.
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Dom Leonardo Steiner, o cardeal catarinense de Forquilhinha
Natural de Forquilhinha, Leonardo Ulrich Steiner nasceu em 6 de novembro de 1950. Ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1972 e foi ordenado padre em 1978 pelo primo Dom Paulo Evaristo Arns, conhecido por sua atuação contra a ditadura militar no Brasil.
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Com formação em Filosofia e Teologia, Steiner atuou como educador e formador religioso, ocupando o cargo de “mestre de noviços”. Estudou em Roma, onde concluiu mestrado e doutorado em Filosofia, além de exercer a função de secretário-geral do Pontifício Ateneu Antoniano.
Em 2005, foi nomeado bispo da Prelazia de São Félix do Araguaia (MT) e ordenado bispo na Catedral São Paulo Apóstolo, em Blumenau. Seis anos depois, tornou-se secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e, posteriormente, bispo auxiliar de Brasília.
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Em 2019, foi nomeado arcebispo de Manaus, assumindo um papel de destaque na Igreja na Amazônia. Três anos depois, recebeu o título de cardeal-presbítero de São Leonardo de Porto Maurizio, conferido pelo Papa Francisco.
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Em 2023, foi eleito presidente do Conselho Indigenista Missionário, reforçando seu compromisso com as causas sociais e indígenas.
Conclave: como será a eleição do sucessor do Papa Francisco
O conclave é o processo pelo qual um novo papa é escolhido após a morte ou renúncia do pontífice. A eleição ocorre entre 15 e 20 dias após a vacância do cargo, reunindo cardeais com menos de 80 anos na Capela Sistina, no Vaticano.
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Para ser eleito, um candidato precisa obter pelo menos dois terços dos votos. Caso não haja consenso, novas votações são realizadas diariamente, intercaladas com momentos de oração. Se a indefinição persistir, os cardeais reduzem a disputa a dois finalistas para uma votação decisiva.
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O resultado do conclave é sinalizado por fumaça expelida da chaminé da Capela Sistina: preta significa que ainda não houve uma escolha, enquanto branca anuncia a eleição do novo papa.
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Durante todo o processo, os cardeais permanecem isolados, sem qualquer comunicação externa, garantindo total sigilo. A escolha do novo pontífice marca o início de um novo papado, sendo ele apresentado ao mundo da sacada da Basílica de São Pedro.
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Fonte: ND+