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LÁ SE VÃO QUASE 30 ANOS DE PROFISSÃO

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Desde a adolescência, o radialista Nylcynho Mota é conhecido pelo seu timbre de voz leve, fala pausada e de boa dicção. É daqueles reconhecido na rua ao soltar o verbo. Conta que tudo começou com uma mania de querer sempre ouvir rádio, quando criança.

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Na segunda metade da década de 1990, quando surgia a primeira rádio FM de Anita Garibaldi, clandestina, é bem verdade, ele se ingressou de alma e coração para dentro dos estúdios da simples emissora para auxiliar na separação das cartinhas dos ouvintes que pediam músicas desta forma, por não ter a comodidade ainda dos telefones e internet.

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“Gente me perdoem, pois em meus arquivos e redes sociais, eu estava completamente equivocado quando eu citava os meus tantos anos de experiência no rádio. Recentemente tive o prazer de encontrar uma foto onde tem a data de quando tudo começou, onde o ano oficial foi de 1998 e não 1997, como eu tinha as lembranças”. Comentou sorrindo e feliz.

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“Essa maravilhosa foto conta tudo. Somente alguns daquele grupo seguiram carreira no rádio e tiveram sucesso. Lembro aqui do Carmo Amorim e Paulo Pires que hoje são bem-sucedidos na área. ” Comentou Nylcynho lembrando que aprendeu muito fácil a operar o deslizar dos botões e inserir os discos de vinil e CD,s para tocar as músicas da rádio.

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Desde então, não saiu mais e decidiu dedicar a vida à profissão. Hoje ele coordena toda a programação da Rádio Comunitária Alegria FM de Anita Garibaldi, que atua na Frequência Modulada de 87,9 e nos meios digitais, sendo uma das emissoras da categoria que mais recebe acessos na internet, seja para ouvir a programação ou para ficar bem informado através dos noticiários.

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“O rádio era a revolução para toda a região, chegando em Anita como se fosse uma coisa de outro mundo, atrelado com a pouca tecnologia ou quase nada que tínhamos na época. Os tempos mudaram e agora, podemos acessar qualquer rádio do mundo pela web e a qualquer momento”. Disse.

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Trabalhar em rádio não era tarefa fácil. Havia sérios problemas no interior, tanto com energia elétrica quanto com telefonia. Para se fazer uma transmissão ao vivo, era precisa equipe. Houve casos, segundo ele, em que foi preciso muito material técnico. “Já tivemos que puxar fios de até 3 quilômetros para transmitir um evento. Não tinha telefone em quase lugar nenhum. ”

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Foi em uma destas transmissões que Nylcynho Mota colocou sua voz no rádio pela primeira vez. Foi em uma transmissão de Desfile Cívico com os Radioamadores cedidos pelo Sargento Silmar da Polícia Militar na época. O radialista Carmo Amorim precisou muito mais do que um integrante da equipe, pedindo ajuda para ele, no maravilhoso 7 de setembro de 1998.

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Nylcynho afirma que as primeiras passagens pela rádio, quando conseguia escutar a própria voz, soavam estranho. “Que voz de taquara rachada”, brinca.

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Nas outras cidades, radialistas eram celebridades. As pessoas eram deslumbradas com o mundo da comunicação. Entretanto, por aqui, o assédio só começava. “Isso era mágico. O pessoal ficou decepcionado no começo, porque eu tinha um problema com a Gagueira nos tempos de guri. Coisa que o rádio me curou, e eu nem percebi que estava curado”. Brincou.

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Pai de três filhos, o mais novo, com 10 anos, o comunicador compartilha momentos em que passou por grandes provações. Quando seu primeiro filho nasceu, depois os demais indo do ápice da felicidade em família, ao falecimento de seu pai, onde teve um dos piores baques da vida, pensando em até desistir da profissão, em plena pandemia do Covid-19.

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A vida de Nylcynho, ficara vazia e o silêncio propício à introspecção e, por vezes, depressivo. “Para compensar, fui chamado para atuar na rádio de Celso Ramos, onde aceitei de primeira, até mesmo sem discutir salários. Percebi ali que Deus me dizia para não desistir, abrindo portas e portas. ”

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E foi justamente na pandemia do Covid que a comunidade anitense mais precisou do rádio para informar. E ali estava o velho Nylcynho Mota tentando retomar sua confiança e paixão pelo renomado veículo de comunicação. Nestes quase 30 anos de carreira, todos os acontecimentos de Anita Garibaldi foram e continuam sendo informados pela rádio em Anita Garibaldi, como falecimentos, anúncios de compra e venda, entre outros.

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Ele foi o grande responsável pelos protocolos junto ao Ministério das Comunicações em Brasília, nos processos de renovação da Outorga do Canal no município, bem como no pedido de alterações de todas as características técnicas e instalação da nova rádio de Anita Garibaldi recentemente.

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Os projetos futuros passam necessariamente pela atuação na rádio em Anita Garibaldi. Para Nylcynho Mota, hoje com 41 anos de idade, o importante é a mesma fórmula usada no início da carreira: a confiabilidade. “A notícia deve sempre despertar o interesse do ouvinte.”. Finaliza o radialista que completa neste dia 7 de setembro, Dia do Rádio no Brasil, os seus 26 anos de carreia.

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