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5 ANOS DA PANDEMIA DO COVID-19 – RÁDIO FOI FUNDAMENTAL – VOCÊ LEMBRA?

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Começo da pandemia de covid-19 ocorria há 5 anos. Você lembra?

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Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia, devido à ampla distribuição geográfica da doença no mundo.

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Em 5 de maio de 2023, a OMS declarou o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) referente à COVID-19. A decisão foi tomada pelo diretor-geral da OMS após receber a recomendação do Comitê de Emergência encarregado de analisar periodicamente o cenário da doença.

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A maior crise sanitária do último século envolveu longas medidas de quarentena, superlotação de hospitais, aumento da pobreza, e uma corrida sem precedentes pela vacina, desenvolvida pelos cientistas em tempo recorde. A globalização e a tecnologia permitiram que parte das atividades econômicas, sociais e educacionais continuassem funcionando mesmo em fases mais severas do isolamento social. Por outro lado, também impulsionaram o avanço rápido da desinformação e do negacionismo científico.

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Educação
A pandemia colocou as escolas para pensar novas formas de trabalhar o processo de ensino-aprendizagem ao impor quase dois anos de afastamento total ou parcial das salas de aula. Alunos e professores tiveram de se adaptar a práticas remotas, basicamente por meio de computadores, celulares e tablets, uma revolução digital que antecipou transformações que já ocorriam nas classes.

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Trabalho
A pandemia mudou a forma como trabalhamos. Um conceito que estava no radar das empresas, mas permanecia sob incertezas, se instalou de vez: o trabalho remoto (home office). Vários segmentos da economia se viram obrigados a trabalhar de casa, provocando uma fusão entre os ambientes doméstico e profissional que dificilmente será desfeita.

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A força do rádio na Pandemia de Covid-19

O rádio pode acabar!”, “Ih, com a chegada da TV, duvido que o rádio aguenta a pressão!”, “Que mané rádio! Pra quê? A gente tem tecnologia e internet!”. Quem nunca ouviu ou até comentou algo desse tipo? Quem nunca?

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Mas, na contramão das previsões e dos comentários equivocados, esse veículo de comunicação, além de completar seu centésimo aniversário, está sem indícios de final de vida, presencia números cada vez maiores de audiência. Especialmente, aqui no país.

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A reinvenção foi uma das peças-chave para que essa ferramenta – pioneira na transmissão da voz humana – vencesse o que seriam os “monstros” da concorrência, enfrentasse crises mundiais que atingiram setores como a saúde e a economia de diversos países, incluindo o Brasil, e ainda continuasse a ser um dos veículos mais consumidos daqui.

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Quer um exemplo atual de que, possivelmente, nada abala as estruturas do rádio? A crise provocada pelo novo coronavírus. Pode parecer mentira (principalmente se levarmos em consideração as plataformas de streamings que estão bombando!), mas os dados comprovam que as pessoas passaram a escutar mais o rádio durante a quarentena e, algumas delas, até em quantidade maior do que antes de a Covid-19 se disseminar pelo país.

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De acordo com uma pesquisa realizada pela Kantar Ibope Media em 13 regiões metropolitanas do Brasil, 71% dos entrevistados afirmaram consumir a mesma quantidade ou mais de conteúdo radiofônico, em comparação com o período anterior à pandemia. Outros 20% disseram consumir muito mais rádio do que ouviam antes, em período de circulação normal.

 

Para se ter uma ideia do quanto a crise provocada pela Covid-19 no país afetou positivamente o rádio, em fevereiro de 2023, os ouvintes escutavam, em média, 4 horas e dois minutos por dia, geralmente no trajeto entre o trabalho e a casa. Mas em tempos de confinamento, a média subiu para 4 horas e 10 minutos.

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Neste contexto, o que colocou a performance do rádio como destaque positivo em meio à pandemia vai além da reinvenção. As próprias características que o diferenciam dos outros veículos são os responsáveis para que os cidadãos, naquele momento de quarentena, redescobrissem esse meio de comunicação. “O rádio trabalha a oralidade e exige de quem o acompanha basicamente um sentido: o ouvir. Então, mesmo as pessoas que não sabem, tenham dificuldade ou não gostam de ler – de todas as idades – conseguem acompanhar uma mídia que fala para elas, a língua delas”, explica.

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A pesquisa da Kantar Ibope também mostra que o dial FM segue como a principal plataforma de consumo, utilizado por 84% dos entrevistados. A internet (streaming) foi usada por 19% dos ouvintes, sendo que 12% dos entrevistados afirmaram ter consumido o conteúdo de rádio por transmissões no YouTube. O rádio é uma mídia de baixo custo para as pessoas consumirem, é uma mídia popular. Então, todas as classes sociais têm acesso a esse meio de comunicação. E, como uma alternativa à internet, televisão, ele desponta de novo enquanto mídia democrática, acessível e que conversa com o público.

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Outro fator que também colaborou para o crescimento do consumo do rádio na pandemia foi a mobilidade, já que o rádio “permite que você faça outras atividades, enquanto escuta e acompanha a programação.

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Como teve muita gente em home office e estudando em casa, as pessoas podiam estar com o rádio ligado, enquanto faziam seus trabalhos, sejam eles profissionais ou escolares. Isso também pode ter ajudado a aumentar a audiência.

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O que eles preferem ouvir?

Os entrevistados da Kantar Ibope Media também falaram sobre a preferência ao escutar rádio: 52% procuram por músicas, 50% estão em busca de distração e 43% utilizam o veículo para se manterem informados sobre os últimos acontecimentos. Outros 23% afirmaram que consomem notícias em busca de atualizações de notícias e 10% acessam reportagens radiofônicas para preencher o tempo livre.

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O rádio sempre foi um amigo dos ouvintes, um companheiro. Naquele momento em que passamos por uma situação tão grave, esses vínculos foram só se confirmando e até aumentados. As pessoas estão ouvindo mais rádio por dois motivos: para saber o que está acontecendo, para saber as informações (já que) elas sabem que o rádio traz as notícias quentes, do momento. E o outro motivo é justamente para se entreter porque, em momentos tão difíceis como os que a gente está vivendo  também nos tempos de hoje, as pessoas precisam disso (distração) e, por isso, também usufruem do entretenimento que o rádio proporciona.

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Com todas as evidências de que o rádio não foi prejudicado (pelo contrário, né?), nem com a chegada da pandemia – que modificou diversos aspectos na vida dos brasileiros – não restam dúvidas de que ele jamais será carta fora do baralho. Vida longa ao rádio!!! Via nós do rádio!!! Viva vocês nossos ouvintes!!!

RÁDIOS

CIDADE

FOTO: Univile

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